No século XVI o Mestre Sen-no-Rikyu inspirou-se no espírito Zen para estruturar o Tchâ-no-yu (Cerimônia do chá) ou Sadô (literalmente, o caminho do chá). Durante a cerimônia cada etapa é conduzida da forma mais simples e pura, do principio ao fim, buscando alcançar os quatro princípios ou pilares da cerimônia - Wa (harmonia), Kei (respeito), Sei (pureza) e Jaku (tranqüilidade).
Quanto mais nos aproximamos da perfeição destes pilares, mais próximos nos encontramos do Tao (Chinês), do Dharma (Hindu), do Dô(Japonês), do caminho natural, e neste momento percebemos com nitidez o contraste da vida cotidiana quando comparada a harmonia do universo.
Diz a tradição que quando o gosto do chá não está agradável significa que há algo de errado com a pessoa e não com o chá, pois a natureza é perfeita e sempre equilibrada, diferente dos seres humanos (principalmente nós ocidentais) que vivem em desarmonia com a própria vida, desarmonia com a Natureza e desarmonia com "Deus".
"Deus contra homem. Homem contra Deus. Homem contra a Natureza. Natureza contra homem. Natureza contra Deus. Deus contra Natureza - que religião estranha!"
- Mestre Zen D. T. Suzuki
E assim como o sabor do chá pode demonstrar que algo está em desequilíbrio, diversos outros sinais surgem em torno de nós constantemente, e são tratados não só pelos orientais, mas por todas os povos cuja cultura esteja intrínseca a natureza.
“Deus perdoa sempre, o homem as vezes, a natureza .. nunca...”
No Brasil, os Tupis e outras etnias indígenas, em suas linhagens mais antigas, estão sempre atentos a novas ervas que surgem em torno de suas aldeias, e quando uma nova espécie surge é natural que os habitantes comecem a fazer uso da mesma em chás, refeições, banhos, pois não resta dúvida de que a natureza enviou aquela erva para prevenir algo que está por vir.
Observem que as ervas são encontradas na região da aldeia, e não longe... Eles não importam ervas da china ou cogumelos do sol, mas fazem sim uso de sinais que estão próximos, relacionados com eles de uma forma próxima.
E é justamente desta forma que deveríamos levar a vida... Com atenção ao nosso redor, atentos aos elementos que nos rodeiam, pois trata-se da natureza buscando o seu equilíbrio!
“Não se oponha aos caminhos do mundo”
- Musashi
Saiba identificar a sua natureza, e desenvolva-a com harmonia, respeito, pureza e tranqüilidade.
“Toda profissão é sacerdócio ou comércio
conforme seja exercida com altruísmo ou egoísmo”
– Prof. Henrique José de Souza.
Seja como uma nuvem que conduz a água e aceita que o lugar seja escolhido pelo vento... E se enquanto vive como nuvem um bom vento aparecer... não resista... pois apenas podemos colher o que plantamos.... e lembre-se de que não se pode enganar uma semente....
“A humanidade hoje sofre por ter feito do trabalho um castigo e do amor um pecado...”
– Prof. Henrique José de Souza.
Isso só pode ser um Sinal.
ResponderExcluirConflitos, inferno astral.
Pedi que respostas fossem enviadas e através do seu texto tudo fez Mais Sentido.
"E é justamente desta forma que deveríamos levar a vida... Com atenção ao nosso redor, atentos aos elementos que nos rodeiam, pois trata-se da natureza buscando o seu equilíbrio!
Saiba identificar a sua natureza, e desenvolva-a com harmonia, respeito, pureza e tranqüilidade."
Só tenho uma coisa a dizer: Obrigada!
Isso foi um presente.