- Presentes... pra que? Se o nazareno é o aniversariante, pra que presente pra outros?
- Diplomacia... pra que? Pra agradar a quem? Por quê? Por quê o foco foi alterado?
- Comida... pra que? O que os frangos grandes fizeram pra merecer isso?
Ela nada entendeu, não sabe se fez algo errado, se o problema é com Ela ou se Ele é um Louco.
É possível que as emoções e sentimentos mudem da noite para o dia?
As pessoas possuem fraquezas, se iludem e muitas vezes erram todos os caminhos, mesmo querendo acertar.
Todos nós, alguma vez na vida, já fantasiamos uma situação e depois nos desencantamos com ela. A necessidade de ser feliz faz com que a própria razão se iluda.
Nos momentos de felicidade realmente curtimos e acreditamos que tudo é verdade, pois queremos que tudo dê certo. Até que algo nos acorda e nos coloca no devido caminho. Vem a pancada da desilusão. Triste, mas nos deparamos com a pessoa errada para a nossa vida. Ruim para as duas partes.
Esse desencanto acontece porque há um desencontro consigo mesmo. Não ter a si próprio e não conviver bem consigo mesmo leva a procura desesperada por alguém que resolva seus problemas, que te complete.
Errar não é maldade e nenhum relacionamento tem obrigação de dar certo, mas se não sabe o caminho, melhor procurar um mapa antes. Quem se entrega a uma relação e inesperamente é abandonado, sem um motivo aparente, sofre e fica com marcas e muitas vezes elas vão se espalhando por ai.
Pessoas precisam respeitar pessoas e se respeitar também, afinal situações assim machucam todo mundo. O bom é que tudo serve de lição e vamos aprendendo as regras do jogo do amor. Ou não.
Após dizer que não dava mais e que não podia continuar com aquela relação Ele abriu a porta e já ia saindo, mas parou e voltou.
Olhou para Ela, correu e a abraçou fortemente. Não resistindo Ele a beijou com paixão.
Pilar | Passado (5 anos?) | Presente | Futuro (1 ano?) | Ação |
Vida Familiar | 8 | 4 | 8 | ???? |
Vida Profissional | 5 | 8 | 7 | ???? |
Vida Acadêmica | 8 | 8 | 5 | ???? |
Vida Financeira | 8 | 9 | 10 | ???? |
Vida Amorosa | 10 | 2 | 7 | ???? |
Vida Saúde | 7 | 4 | 10 | ???? |
Vida Social | 5 | 7 | 7 | ???? |
Vida ... | .. | .. | .. | .. |
Vida... | .. | .. | .. | ... |
Ontem, sábado, eu assisti ao final da novela Caminho das Índias. Raj perdoa Maya por um único motivo, que fica claro quando ele olha para ela e diz: “Nós construímos um Amor. Sim, Construímos”.
Quando comecei a assistir a novela achei muito louco esse modo de vida dos indianos em que os noivos são escolhidos pelos pais, com ajuda de Mapa Astral, e praticamente só se conhecem no dia do casamento. A primeira coisa que vem à nossa mente é criticar e rejeitar. Porém é sempre muito bom ter contato com culturas diferentes, refletir um pouco e analisar o que há de bom do lado de lá.
Os indianos são educados a construir um amor a partir do momento em que se casam. Ao formarem um par eles fazem de tudo para desenvolver afinidade e intimidade com o parceiro. Para eles a vida começa após o casamento, pois se preparam e se abrem para o amor.
Nós, ocidentais, fazemos exatamente o contrário. Primeiro nos apaixonamos para só então namorar. Vivemos relações amorosas e, quando o casamento acontece, não somos preparados para os problemas e achamos normal que a paixão vire amizade. Os ocidentais aceitam com frustração a idéia que tudo acaba após o casamento.
Longe de mim querer dizer que algo é certo ou errado, as coisas são apenas diferentes. Mas acho que a idéia de construir um amor é algo de muito positivo que a cultura indiana tem para nos ensinar (porque não?).
Tenho conversado com muita gente ultimamente que está se fechando para o amor por mágoas, frustrações, desilusões e pelas inúmeras tentativas de encontrar a pessoa certa sem sucesso. Ai, como medida de segurança, trancam os corações no consciente, mas continuam com esse desejo guardado no inconsciente de suas mentes.
Idealizamos demais a pessoa perfeita e olhamos de menos para nós mesmos. Muitos querem alguém para resolver seus problemas sendo que o amor é a recompensa para quem resolve seus próprios problemas.
Arrisco a dizer que todo mundo quer ter um amor, homens e mulheres, e ninguém começa um relacionamento pensando em terminar. Existe sempre a esperança de que tudo vai dar certo. Porém, quando as coisas dão errado, a gente curte uma deprê e logo em seguida partimos para uma nova tentativa, porque o ser humano não gosta de ficar sozinho. O pior é que normalmente cometemos os mesmos erros.
Acredito que o maior problema nos relacionamento que não deram certo é que nunca aceitamos que nós erramos. Achamos sempre que o parceiro, ou ex-parceiro, é que não estava a nossa altura e que tinha defeitos. Nós sempre estamos certos.
Nunca ouvi alguém dizer que terminou um relacionamento porque errou, porque falhou, porque não foi competente para fazer a relação dar certo. As pessoas sempre dizem que o outro é que era inadequado, ciumento, possessivo, carente, enfim, como se fôssemos perfeitos e por isso não podemos dar oportunidade de alguém imperfeito viver com a gente.
Construir um amor é diferente. A própria palavra “construir” já remete a algo firme, concreto, difícil de destruir. É não só querer, mas usar todas as ferramentas possíveis para construir um amor cada vez melhor e mais duradouro. É aceitar a pessoa com suas qualidades e defeitos, aprender a conviver, conversar, harmonizar e construir a felicidade de ambos.
E segundo depoimentos dos próprios indianos, tudo se torna melhor e mais gostoso a cada dia. Eles não pensam em quantidade, mas em qualidade. E para desenvolver a qualidade, não é possível ficar trocando de parceiro, é necessário aceitar e trabalhar com o parceiro que eles tem, “que os Deuses enviaram”.
Bem, o Kama Sutra é um exemplo de que a coisa deve mesmo melhorar a cada dia. Para chegar nas últimas páginas é necessário muito trabalho, muita disposição e muita afinidade com o parceiro. Dizem que o prazer que se conquista vale cada sacrifício. Seriam os indianos melhores amantes do que os ocidentais?
Agora, voltando ao nosso mundo, se as queixas entre parceiros são sempre as mesmas, se os personagens só mudam de nome, será que a gente não precisa se dedicar um pouco mais a construir um amor?