quarta-feira, 16 de setembro de 2009

O valor do espaço

         Certa vez estava Diógenes, o sábio grego, dando continuidade a sua vida dentro de um barril, quando passou por perto Alexandre – O Grande.
         Alexandre, que havia sido discípulo de Aristóteles, viu sabedoria naquele homem, e com um gesto de bondade, perguntou-lhe:

         - Oh caríssimo sábio, peça-me o que quiseres.

         No que Diógenes respondeu:

         - Não me faças sombra... devolva o meu Sol.

         Alexandre, de tão impressionado que ficou com aquele homem, afirmava posteriormente aos seus amigos:

         - Se não fosse Alexandre, eu queria ser Diógenes...


         Observamos com atenção esta passagem, observemos como os sábios sabem valorizar o espaço alheio e o próprio.

         Agora observemos nós mesmos. Será que temos a mesma sensibilidade?

         Quantas vezes bloqueamos o sol justamente daqueles que mais gostamos! Quantas vezes a ânsia da proximidade nos faz invadir o espaço alheio e fazer sombra a pessoas que possuem um mundo todo pela frente e um potencial para desfrutá-lo.

         E quantas fazem isto conosco!

         Meus caros amigos e leitores, para que a proximidade não seja notada, importante se faz que nos coloquemos na correta posição em relação ao próximo. Abaixo apoiando quando a pessoa precisar ser elevada, e agasalhando-a quando ela precisar ser protegida.

          E como identificar em qual situação a pessoa em questão se encontra?

         - Através da EMPATIA.

         Empatia é a capacidade de se colocar no lugar da outra pessoa. Para praticá-la, é preciso abrir mão dos interesses próprios, da paixão, do egoísmo, das segundas intenções.

         Para os interessados na arte da sedução, saibam que não é possível utilizar empatia para a conquista, haja visto as características que mencionei acima...

         Aproveitando o ensejo, o que difere o amor da paixão é justamente os interesses egoístas.

         Mas... muito cuidado com o tom pejorativo na citação dos “interesses egoístas” e “paixão”.

         Nenhum casal amoroso se mantém sem paixão. É a paixão que abre espaço para a construção do amor, e sem ela o amor mantêm amigos, família e parcerias em prol de um “alvo” em comum.

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