domingo, 28 de fevereiro de 2010

Faça do Seu Jeito

"Ajudei-o a encontrar suas palavras começando com algumas das minhas..."
- "Encontrando Forrester"


                É engraçado como buscamos nossa identidade. Querendo ser únicos, começamos nosso trajeto nos unindo a semelhantes ou, às vezes, nos fazemos semelhantes daqueles que temos ou queremos proximidade. Um exemplo atual deste comportamento é a geração emocore que se diferem dos pais mas muito se assemelham uns aos outros.

                Este comportamento é natural, e não deve ou precisa ser criticado. Aconteceu (acontece?) conosco, com nossos antepassados, e acontecerá com nossos descendentes. Está relacionado a um meio termo entre dois mundos, sendo o primeiro aquele em que somos estabelecidos na cultura vigente, claramente visível durante a primeira infância nas escolas infantis, onde crianças são colocadas para dançar carnaval, quadrilha, entre outros, sem ter a menor idéia das razões que isto acontece, inclusive algumas criticas surgem a respeito desta tratativa. Mas o fato é que quando os adultos deixam de impor, ou quando os jovens alcançam o mínimo de liberdade necessária, o primeiro passo é buscar um padrão para se identificar, o que não deixa de ser irônico, pois o jovem sai da tutela dos adultos e passa para a “tutela” do padrão jovem estabelecido.

                O mundo que contrapõe a infância é justamente a fase adulta, e talvez não seja apenas uma questão cronológica o fato de não existir, ou ao menos não ser visível, emocore´s adultos.

                O adulto costuma se associar a massa produtora da sociedade, e aquela atenção dedicada a si mesmo na adolescência passa a ser voltada ao mundo exterior, para que a sociedade funcione, e isto naturalmente afasta a pessoa de alguns valores que então passam a ter menos sentido.

                O importante nisso tudo é que você faça do seu jeito, e que entenda que isto não quer dizer "livre arbítrio", porque este é meramente conceitual dentro de uma realidade existente. Você não pode voar. Você não pode escolher nascer em berço de ouro. Não pode voltar atrás.

A liberdade que você possui não é ditar como o mundo deve ser, mas é responder ao mundo do seu jeito.
– Danilo Régis
(gostei da frase, vou assiná-la, dizem que na internet nada some... quem sabe meus netos vão encontrá-la um dia...)

                E com ciência das suas escolhas, poderão cantar aos quatro cantos:

"I've loved, I've laughed and cried
I've had my fails, my share of losing
And now as tears subside         
 I find it all so amusing  
 To think I did all that    
 And may I say, not in a shy way              
 Oh, no, no not me        
 I did it my way"              

"Eu amei, eu ri e chorei
 Tive minhas falhas, minha parte perdida
 E agora as lágrimas cessaram
 E acho tudo tão incrível
 Pensar que fiz tudo isso
 E posso dizer sem me acanhar
 Eu fiz do meu jeito."
                                                                                                          -  My Way, Evis Presley

2 comentários:

  1. Danilo,
    Faz tempo que a gente não conversa, mas parece que você escreveu este texto para mim.
    Desde a semana passada que venho pensando na melhor forma de responder ao mundo do meu jeito.
    Sei que não posso voar, nem voltar atrás, e se isso fosse possível nem sei ia querer, mas quero arrumar a melhor forma de viver nesse mundo, do meu jeito.
    Obrigada pelas palavras e parabéns pelo brilhante texto.
    Nádia

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