terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Ser feliz incomoda muita gente

A padronização é que mata a individualidade e criatividade das pessoas. Não dá chance de o indivíduo se descobrir e não abre espaço para deixar brotar o que pode estar só esperando terreno fértil.

A verdade é que com todas estas regras e preconceitos, se torna muito difícil e inconveniente ser diferente. Ou temos que ser muito corajosos para ir contra todos esses preceitos, ou acabamos nos moldando, engolindo tudo que nos empurram para não darmos margem a comentários e pensamentos contrários caso não nos adequemos aos padrões muito sutilmente impostos. Afinal, nada é tão descarado. Agimos como se fossem tempos ultra-modernos onde cada um tem direito de viver da maneira como lhe convier.

Isso não é bem verdade. Há um cobrança invisível e mascarada implícita por parte de todas as pessoas, tornou-se tudo automático. As pessoas não questionam mais nada! Nem a si mesmas e nem as regras. Aceitam tudo como se fosse a única verdade existente. Não deixo de pensar no dia em que se darão conta disso, como se sentirão.

Você até pode seguir todas essas regras, mas desde que pense sobre elas antes, veja se faz sentido para você e aí está tudo bem. Mas não simplesmente porque alguém te condicionou a agir assim.

Triste daqueles que se submetem a somente repetir o que os outros mandam, sem nem lembrar-se de quem são.

Consideram graves os casos dos que não trilham o mesmo caminho, os diferentes. Mas grave é quem se violenta forçando-se a ser igual. Neste ponto é que começa a tal amargura.

Pois quem se mutila para seguir o exemplo do outro, nunca descobrirá a beleza de viver!

Texto de Alessandra Dietrich

(Minha grande amiga e leitora fiel, Natália Mendes, enviou esse texto para nós e, tudo que faz Mais Sentido, aqui é publicado)

Um comentário:

  1. Este texto me fez lembrar uma passagem do filme Com Mérito (With Honors, 1994) que sei de cor desde aquele ano, e posteriormente descobri ser semelhante a um texto atribuído a Sidharta, o Buda.

    "Você não mais acreditarás no que terceiros dizem
    Nem verás pelos olhos dos mortos,
    Nem alimentará os fantasmas em livros...

    Não deve olhar por meus olhos também,
    Nem aproveitar coisas de mim,
    Deve sim, olhar para todos os lados e filtrar por si próprio..."

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