terça-feira, 17 de novembro de 2009

Um pouco sobre casal




                Antes de nos casarmos, ou morarmos juntos com alguém, é natural desenvolvermos afinidade com lugares, hábitos e amigos, de forma que criamos um espaço para nós todo particular, com a nossa cara. Inclusive este espaço é um dos pontos que os solteiros dedicam maior atenção ao escolher uma companhia para passar bons momentos juntos (os que não se dedicam deveriam fazer isso...).

                Mas mesmo solteiros temos uma amostra do que é uma vida coletiva, e para uma real noção do que significa, convido o leitor a um momento de reflexão e aprendizado que pode ser levado não só a vida a dois, mas a vida familiar e social.

                Já observaram o que existe no centro das pequenas e de algumas grandes cidades? Uma Igreja ou catedral... Correto? Lembram-se disso? Nas pequenas cidades é claro que estas catedrais são as maiores construções da cidade. A cidade surge em torno delas.

                O prédio mais alto da cidade demonstra o que centraliza seus habitantes, seus valores. Em cidades como São Paulo, Nova York, Tókio, os maiores prédios são os comerciais. Isto deve significar algo, correto?

                Em nossas casas, da nossa família, podemos notar que nosso quarto tem a nossa cara, mas a sala tem um pouco de cada membro da família. No ambiente de trabalho temos muito de nós também, mas reparem que nem sempre isso quer dizer que é positivo (vide as pilhas de papéis, os emails não lidos, e os problemas não resolvidos).

                Notem algo interessante... Assim como as cidades mostram os valores da sociedade, as salas de casa demonstram os valores da família... Antigamente nossos avós tinham na sala as fotos de família.. nossos pais tinham livros, rádio, lembranças.. e hoje temos?? Bem... todos sabem. A grande estante (rack??) da sala sempre é o espelho da família.

                Se atentem no raciocínio da síntese. Vida a dois é isto. É saber ceder um pouco para unir. É saber abandonar velhos elementos individuais para dar espaço a novos momentos coletivos. Tudo isso para formar uma nova “alma”, uma nova personalidade, capaz de tornar duas pessoas tão parecidas que chega a dar medo (sim, verdade, pode dar medo mesmo... porque o ego cobra sua liberdade... mas isto já é uma outra estória...)

Um comentário:

  1. Ai é que está, como montar nossa sala?
    Não há como contratar um arquiteto para decorar nossos relacionamentos, isso depende somente das partes envolvidas. E será que abrir mão de coisas nossas para conviver com alguém é legal? Até que ponto abrir mão da nossa individualidade faz bem para a gente mesmo?

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