domingo, 26 de setembro de 2010

O amor jamais passará

Texto de Daniela Miranda


“Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor jamais passará.” (1 Cor 13:4-8).

Se o amor tudo desculpa, tudo crê tudo espera, tudo suporta, por que então dizemos que estamos sofrendo por amor?

Acho que na verdade temos dificuldade em dizer que estamos sofrendo, pois só sofremos “por amor” quando umas das partes não querem, não acreditam ou simplesmente mudam de idéia.

Falamos tanto da Globalização, na geração Y, Z... Mas quando se trata de sentimentos... Mesmo com tanta evolução no cenário atual, onde temos back up de tudo e aprendemos nas melhores faculdades a melhor forma de gerir pessoas, os sentimentos ainda acabam se perdendo.

Hoje em dia muitas pessoas acreditam que os sentimentos são ações decorrentes de decisões tomadas por nós mesmos.
Podemos dizer que o amor não é o conjunto de emoções carnais que a pessoa sente por outra, mas o ato de sempre optar pelo bem ou a favor do outro independente das conseqüências. E hoje quem consegue amar assim?

Partindo da premissa que o sentimento é uma decisão que a mente toma, qualquer decisão é um sentimento, algo que podemos ou não escolher fazer .
Então podemos escolher amar, sofrer por amor, ou nunca amar?
Odiar, odiar a si mesmo, odiar o próximo ou nunca odiar?
Nós escolhemos os nossos próprios sentimentos?

Fácil, então... Pelo contrario é difícil controlar a mente. Por isso que uma pessoa que ama outra, por haver tomado essa decisão, mesmo depois de sofrer algum stress no relacionamento pode continuar amando, muitas vezes sem entender como pode amar e ao mesmo tempo sentir ira. Estou quase chegando à conclusão que amar é algo complexo demais para o século XXI, onde a desculpa é não temos tempo para nada, então imagine tempo para entender o Amor.

O Amor é algo complexo demais para se explicar, mas segundo Abraham Maslow, (pirâmide das necessidades), todos os seres humanos nascem com um senso inato de valores pessoais positivos e negativos. Somos atraídos por valores pessoais positivos como justiça, honestidade, verdade, beleza, humor, vigor, inteligência etc. Como somos repelidos por injustiça, morbidez, feiúra, fraqueza, falsidade, engano, caos etc. Maslow também declara que não podemos maximizar qualquer virtude e deixar que ela contenha quaisquer valores pessoais negativos sem repulsa. Ou seja, loucura buscar alguém perfeito porque não há.

Também podemos nos orientar na teoria Estilos de amor (Alan John Lee) que identificou seis tipos básicos em sua teoria.

ü Eros - um amor apaixonado fundamentado e baseado na aparência física;
ü Psiquê - um amor "espiritual", baseado na mente e nos sentimentos eternos;
ü Ludus - o amor que é jogado como um jogo; amor brincalhão;
ü Storge - um amor afetuoso que se desenvolve lentamente, com base em similaridade;
ü Pragma - amor pragmático, que visualiza apenas o momento e a necessidade temporária, do agora;
ü Mania - amor altamente emocional, instável; o estereótipo de amor romântico;
ü Ágape - amor altruísta; espiritual;

Mesmo com estes milhões de inconvenientes ainda acredito que amar pode da certo. Quando alguém se apaixona registra maior produção de dopamina, adrenalina, e endorfina, e este coquetel dá sensação de felicidade e bem estar.

Pesquisas apontam que os homens tendem a ser mais lúdicos e maníacos, enquanto as mulheres tendem a ser mais pragmáticas. Relacionamentos baseados em amor de estilos semelhantes tendem há durar mais tempo. UFA! Existe uma solução?

Outro dia, conversando com uma amiga muito especial, ela me disse que leu em algum lugar que devemos amar pelo menos 03 vezes na vida. Uma para descobrir o amor, outra para aprender a lidar com o amor e a terceira para gente viver um grande amor. Tomará que as trajetórias se encerrem por ai e que tudo termine como o filme da Cinderela, mas se não for assim, mas próximas vezes iremos aprender cada vez mais a amar as pessoas como elas são.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Sinais - Parte 1 - Harmonia


                No século XVI o Mestre Sen-no-Rikyu inspirou-se no espírito Zen para estruturar o  Tchâ-no-yu (Cerimônia do chá) ou Sadô  (literalmente, o caminho do chá). Durante a cerimônia cada etapa é conduzida da forma mais simples e pura, do principio ao fim, buscando alcançar os quatro princípios ou pilares da cerimônia -  Wa (harmonia), Kei (respeito), Sei (pureza) e Jaku (tranqüilidade).

                Quanto mais nos aproximamos da perfeição destes pilares, mais próximos nos encontramos do Tao (Chinês), do Dharma (Hindu), do Dô(Japonês), do caminho natural, e neste momento percebemos com nitidez o contraste da vida cotidiana quando comparada a harmonia do universo.

                Diz a tradição que quando o gosto do chá não está agradável significa que há algo de errado com a pessoa e não com o chá, pois a natureza é perfeita e sempre equilibrada, diferente dos seres humanos (principalmente nós ocidentais) que vivem em desarmonia com a própria vida, desarmonia com a Natureza e desarmonia com "Deus".

"Deus contra homem. Homem contra Deus. Homem contra a Natureza. Natureza contra homem. Natureza contra Deus. Deus contra Natureza - que religião estranha!"



- Mestre Zen D. T. Suzuki


                E assim como o sabor do chá pode demonstrar que algo está em desequilíbrio, diversos outros sinais surgem em torno de nós constantemente, e são tratados não só pelos orientais, mas por todas os povos cuja cultura esteja intrínseca a natureza.

                “Deus perdoa sempre, o homem as vezes, a natureza .. nunca...”  


                No Brasil, os Tupis e outras etnias indígenas, em suas linhagens mais antigas, estão sempre atentos a novas ervas que surgem em torno de suas aldeias, e quando uma nova espécie surge é natural que os habitantes comecem a fazer uso da mesma em chás, refeições, banhos, pois não resta dúvida de que a natureza enviou aquela erva para prevenir algo que está por vir.

                Observem que as ervas são encontradas na região da aldeia, e não longe... Eles não importam ervas da china ou cogumelos do sol, mas fazem sim uso de sinais que estão próximos, relacionados com eles de uma forma próxima.

                E é justamente desta forma que deveríamos levar a vida... Com atenção ao nosso redor, atentos aos elementos que nos rodeiam, pois trata-se da natureza buscando o seu equilíbrio!

Não se oponha aos caminhos do mundo”
-  Musashi

                Saiba identificar a sua natureza, e desenvolva-a com harmonia, respeito, pureza e tranqüilidade.

“Toda profissão é sacerdócio ou comércio 



conforme seja exercida com altruísmo ou egoísmo” 
– Prof. Henrique José de Souza.


                Seja como uma nuvem que conduz a água e aceita que o lugar seja escolhido pelo vento... E se enquanto vive como nuvem um bom vento aparecer... não resista... pois apenas podemos colher o que plantamos.... e lembre-se de que não se pode enganar uma semente....

“A humanidade hoje sofre por ter feito do trabalho um castigo e do amor um pecado...”



– Prof. Henrique José de Souza.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Corinthians: Amor de Verdade


O escritor Mário de Andrade corrigiu a Língua Portuguesa graças ao seu amor pelo Corinthians. Ele definiu que na verdade o verbo Amar é um verbo Intransitivo. Afinal, como explicar um amor? A gente ama e pronto, não há transição. Sentimos algo dentro da gente e nossa vida passa a ter Mais Sentido.

Eu descobri o Amor em 1977. Tinha apenas 1 ano de idade, estava no colo do meu pai e a cidade toda em festa. Finalmente o Corinthians havia conquistado o Campeonato Paulista após um jejum de 23 anos. Meu pai disse que eu avistei a bandeira, o manto sagrado do Timão, e quis tocá-la de qualquer jeito. Basílio fez o gol que me batizou: nascia mais uma Corinthiana.

Não adiantava meu pai, são-paulino, falar nada que eu não me convencia. Meus tios, italianos palmeirenses, ficavam horrorizados quando eu falava que era Corinthiana. Eu nem sabia que já era gente, mal sabia falar, mas já tinha um Fiel Amor pelo Corinthians.

Eu Vivo Por Ti, Corinthians

Ser Corinthiano é viver uma experiência de amor verdadeiro, um amor maior que a própria existência.

Falar do Corinthians é sentir alegria, é como se sentir abraçado, respeitado. Ver o Corinthians jogar é delírio, adrenalina, endorfina! Quando a gente ama de verdade a gente tem orgulho, não pensa em nada e títulos ou posses não fazem a menor diferença.

É sempre bom ganhar, festejar, mas a alegria maior é de sentir o Corinthians. Somos fanáticos, alucinados, um bando de loucos por um único Amor: O Todo Poderoso Timão. Raça, força, coragem: juntos na alegria ou na dor!

O Amor é Preto e Branco

O mais fiel e verdadeiro casamento já visto é do Corinthians com sua torcida. Lógico que adoramos as conquistas e vibramos com cada gol. Por amor, também sofremos com as derrotas, mas são nos momentos difíceis que mais nos ajudamos, nos apoiamos e nos fortalecemos.

Aceitamos o Corinthians exatamente do jeito que ele é.

Temos orgulho de sua personalidade, time que acolhe a todos com amor, independente de raça, cor ou religião. Nos vangloriamos da sua garra, da Democracia Corinthiana e eternizamos aqueles que honraram e honram nossa camisa.

E jamais abandonamos o Corinthians nos momentos difíceis, nas derrotas, no rebaixamento e não nos afetam os títulos não conquistados. Amamos. Ponto. Nas horas difíceis mostramos quem somos e nossa maior característica é ser Fiel.

E fidelidade é algo que só acontece naturalmente, sem imposições, mas sim porque há amor. Seja no preto ou seja no branco, você é Fiel porque sente Amor de Verdade.

Nossa corrente jamais será quebrada! Corinthians, eu te amo!

Parabéns Corinthians, são 100 anos provando que o amor existe


“É mais que um caso de amor
Na alegria, ou na dor, religião
Um sentimento que invade
A alma e não tem explicação
Nasceu da humildade à união
De um “bom retiro” a inspiração
Do povo a força pra lutar hei de cantar...
Daria a vida a você timão
Manter acesa a luz do lampião
Pra ti eternizar...”